A velhice chegou.
Por: Ana Maria.
Envelhecer com sabedoria.
De repente, eu envelheço. Envelheci de que forma? construindo as páginas de uma vida vivida.
Cada passo que dei, deixei minha marca nas pegadas deixadas nas areias do mar, ou no barro de um sertão seco porém com muitas histórias pra contar.
A cada texto da vida que escrevi... deixei ali, um pingo em cada letra fincada no papel e que acreditei serem verdadeiras.
Deixei também interrogaçôes nas frases das fases que vivi, mas, não encontrei respostas em tudo que busquei.
As exclamações? ficaram nas emoções que senti, nas surpresas que vi acontecer, nos dissabores que senti que por vezes foram muito doloridos.
As carapuças que coube na minha cabeça, eu coloquei o chapéu do acento circunflexo para que pudesse sentir o peso e a necessidade, de retirar tal coisa de uma cabeça talvez já cansada dos reverses da vida.
Dois pontos, me faziam parar refletir; as reticências me deixavam um espaço para seguir, seguir trazendo nas costas o peso, ou a leveza de uma história vivida.
A verdade, é que envelheci e junto com a velhice, vieram as alegrias, as mágoas, as lembranças boas e ruins. Mas... é assim as histórias de cada um de nós, que nascemos, fomos crianças, jovens, adultos, crescemos e hoje na fase das experiências vividas, ficaram as marcas e as lições de uma vida hoje envelhecida com os cabelos pintados com as tintas brancas dos anos.
Saudade das coisas boas e o não esquecimento, das coisas ruins que vi acontecer. A verdade é que envelheci e mesmo tendo buscado a felicidade na construção de uma família, Hoje me sinto só e com fortes lembranças de quando era capaz de resolver tudo sozinha. As minhas coissas e as coisas dos outros também.
Porque com tantas experiências vividas, muitas vezes o que nos resta é um abrigo de velhos onde buscamos a companhia de outros que caminharam na mesma estrada que caminhamos. Na vida só há uma certeza, que envelhecemos e morremos a cada dia vivido.
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