Debate: Marília Arraes e Raquel Lyra, assunto; Lula e Bolsonaro
No último embate antes das eleições deste domingo, as candidatas ao governo de Pernambuco Marília Arraes (Solidariedade) e Raquel Lyra (PSDB) insistiram em colar a imagem da adversária ao presidente Jair Bolsonaro (PL) e ao governador Paulo Câmara (PSB), respectivamente, para sair vitoriosa neste domingo.
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Marília, que é apoiada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), líder nas intenções de voto no estado segundo os últimos levantamentos, questionou por diversas vezes a rival sobre sua visão em relação ao atual mandatário durante o encontro promovido pela TV Globo. A candidata do Solidariedade aposta em vincular a imagem de Raquel a Bolsonaro para desbancar a liderança que as pesquisas têm atribuído à candidata do PSDB.
— Eu queria só tirar uma dúvida, o que você acha da corrupção no governo Bolsonaro, existe ou não existe? — questionou Marília.
A ex-prefeita de Caruaru, que decidiu não apoiar nenhum dos postulantes à Presidência, não respondeu e defendeu que toda corrupção seja apurada.
— Toda e qualquer corrupção merece ser investigada e punida, e os representantes, quem quer que seja que tenha praticado o ato criminoso merece responder por isso — disse Raquel.
— Mas ela existe ou não existe? — voltou a perguntar Marília.
— A Justiça, a polícia, investigando, indica que existe e aí cada um é punido, qualquer que seja o governo — disse Raquel.
— A polícia está indicando que existe corrupção no governo Bolsonaro — insistiu a candidata do Solidariedade.
Veja vídeo:
Raquel tentou voltar o assunto sobre os planos de saúde dos servidores públicos do estado, mas Marília insistiu em questionar a candidata em relação à possível corrupção no governo do atual presidente.
— Ela sequer se pronuncia sobre absurdos de corrupção de Bolsonaro e sua família — defendeu a candidata do Solidariedade.
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Marília foi alvo de críticas nas redes por insistir na nacionalização da disputa em vez de apresentar mais propostas para Pernambuco. Por outro lado, Raquel tentou associar Marília ao atual governador do estado, Paulo Câmara (PSB), que tem sofrido desgastes no cargo, não conseguindo inclusive levar o seu candidato à sucessão, Danilo Cabral (PSB), ao segundo turno.
— Ela fala que não é a candidata de Paulo Câmara, mas aí eu pergunto. Você acha que alguém que não faz parte de um mesmo grupo político tem tanta gente da família empregada lá? A mulher do pai dela era gerente do Palácio. A irmã dela, alto cargo com Geraldo Júlio na prefeitura do Recife. O irmão até hoje assessor da ilha de Fernando de Noronha — disse a postulante do PSDB.
Em resposta, Marília instituiu ser oposição ao governo de Câmara, e afirmou não ter fotos com o atual chefe do Executivo pernambucano.
Em outro momento do debate que viralizou nas redes foi quando Raquel respondeu a uma investida de Marília lembrando a briga dela com o primo, o prefeito de Recife João Campos (PSB). Em 2020, Campos e Marília romperam relações após disputar a prefeitura da capital, mas reataram neste ano com o pleito estadual.
— Olha, não sou teu primo. Aqui não é uma briga na cozinha da tua casa, em que vocês brigam de dia, e se arrumam no almoço ou no jantar, na pizza de vocês. Aqui, nós estamos falando sério — disparou Raquel.
Marília também se tornou assunto nas redes sociais por carregar um terço nas mãos durante o debate. A ação recebeu críticas de internautas que consideraram inadequado o uso do símbolo religioso na campanha e chegaram a compará-la com o ex-candidato à Presidência pelo PTB, Padre Kelmon.
Do O Globo
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